8 de outubro de 2015

5 mitos e 2 verdades sobre o comportamento do seu bebê

Saiba quais são os preceitos passados através das gerações que você deve ter em mente e aqueles que devem ser esquecidos
Bebê não entende discussão de adulto 
MITO. A criança pode não compreender o que está sendo dito, mas percebe o ambiente estressado e as vozes alteradas dos pais. Aí, sente-se insegura e angustiada, e pode chorar e até acordar de madrugada. E o impacto não é momentâneo. Ela leva essas questões ao longo da vida. “Pode se tornar uma criança tímida, que tem dificuldade de se relacionar, ou o contrário, e ser impulsiva, que só sabe pedir alguma coisa gritando”, afirma Marta Pires Relvas, neurobióloga e psicopedagoga, professora de neurociência e aprendizagem da Faculdade Integrada AVM (RJ). 

Se bater no rosto de alguém, é porque vai ser agressivo 
MITO
. Isso faz parte do comportamento dele. Pode ser uma forma de fazer carinho – e aí você precisa ensinar o jeito certo – ou uma maneira de chamar atenção porque percebeu que você ficou atento ao que aconteceu. Tenha paciência e não encare como um tapa. Explique que não é legal e que pode machucar.

Recém-nascido pode viajar de avião 
VERDADE. Converse com o pediatra e veja as regras para embarque com a companhia aérea. A TAM, por exemplo, permite que bebês com oito dias viajem mediante atestado médico. Na decolagem e no pouso, para aliviar a pressão, amamente. E fique tranquilo: recém-nascidos não têm mais chances de desenvolver dor de ouvido que qualquer outra criança mais velha. Se a viagem não for imprescindível, espere ele completar 3 meses, porque aí o sistema imunológico vai estar mais fortalecido. 

Não faz diferença ler histórias para bebês 
MITO. Seu filho pode não entender o conteúdo de um conto dos Irmãos Grimm, mas, com poucos meses, vai começar a construir uma história com o próprio imaginário a partir da maneira como você conta e a entonação da voz que usa. Essas imagens estão relacionadas com a linguagem: significa que ele vai ter mais familiaridade com as palavras, conseguir se expressar melhor e ser um bom ouvinte. E ali tem início o primeiro contato dele com a literatura infantil. 

Festa deixa a criança agitada 
VERDADE. Algumas ficam mais sensíveis, choram e podem ter até dificuldade para dormir. Mas não significa que você não possa sair com seu filho. Nos primeiros meses, prefira festas menores, em que o som não é tão alto e onde você possa deixá-lo em um local tranquilo quando chegar a hora dele descansar

Vai dar bronca? Nem adianta! 
MITO. Adianta, sim, mas não é uma bronca. Você tem que explicar por que ele está sendo repreendido. É provável que seu filho tente de novo, e de novo... Repita a explicação quantas vezes for necessário. Durante toda a infância você vai ter que falar, e explicar, e repetir de novo. Isso é educar. E sempre com toda a paciência do mundo

DVD educativo deixa o bebê mais inteligente 
MITO
. Há DVDs que prometem estimular seu filho e até encorajá-lo a descobrir o mundo. Mas nessa idade o bebê aprende se relacionando com outras pessoas. Mauro Muszkat, neurologista, coordenador do núcleo de atendimento neuropsicológico infantil interdisciplinar do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, explica que, caso a criança assista a muita TV, pode até ter problemas no seu desenvolvimento. “As imagens são tão rápidas que o cérebro desenvolve menos o córtex pré-frontal, área que envolve a manipulação e o armazenamento de informações, o que gera dificuldade para se concentrar.” A Associação Americana de Pediatria não recomenda programas televisivos ou em qualquer outra mídia para crianças com menos de 2 anos.

FONTES: ALESSANDRO DANESI, PEDIATRA DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS (SP); ANA PAULA MOSCHIONE CASTRO, PEDIATRA E ALERGISTA, DO INSTITUTO DA CRIANÇA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (SP); BÁRBARA PAULETTI, ENFERMEIRA DO BERÇÁRIO DA MATERNIDADE PRÓ-MATRE (SP); CÁTIA FONSECA, PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/UNESP; MARIA CRISTINA SENNA DUARTE, PEDIATRA, ESPECIALISTA PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA; JOSÉ MARTINS FILHO, PEDIATRA E EX-REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (SP); MARIANA TICHAUER, PSICÓLOGA CLÍNICA E TERAPEUTA FAMILIAR, DA CLÍNICA MULTIDISCIPLINAR EDAC (SP); MARTA PIRES RELVAS, NEUROBIÓLOGA E PSICOPEDAGOGA, PROFESSORA DE NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM DA FACULDADE INTEGRADA AVM (RJ); NILTON KIESEL FILHO, PEDIATRA, COORDENADOR MÉDICO DA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE (PR); MAURO MUSZKAT, NEUROLOGISTA, COORDENADOR DO NÚCLEO DE ATENDIMENTO NEUROPSICOLÓGICO INFANTIL INTERDISCIPLINAR DO DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; ROBSON FREDERICO CUNHA, ODONTOPEDIATRA, DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA/UNESP 

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